A história do apelido consta em livro com lançamento previsto para novembro; segundo a obra, o ministro decidiu atuar porque previa ‘guerra’ contra o STF
Foto: Marcos Corrêa/PR
Indicado por Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009, o ministro Dias Toffoli serviu de ponte para abrandar a relação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Corte, chegando a ser chamado de “Rivotril”.
Isto é o que contam os jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber no livro “O tribunal: como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”, que está em pré-venda pela Companhia das Letras e será lançado no próximo mês.
Conforme Guilherme Amado no portal Metrópoles, a publicação revela que, antes da nomeação de Kassio Nunes Marques e André Mendonça, Toffoli era o magistrado com melhor interlocução com o então presidente e costumava ser acionado por assessores de Bolsonaro para “acalmá-lo” em momentos críticos.
O livro conta ainda que a aproximação de Dias Toffoli com Bolsonaro e os militares se deu intencionalmente. Segundo a publicação, o ministro anteviu a necessidade de um canal de diálogo para atenuar a “fervura” no Planalto contra o STF.
“’Nunca achei que a história de tentar fechar o Supremo fosse da boca para fora’, ele (Toffoli) confidenciou, referindo‐se a Eduardo Bolsonaro, que durante a campanha disse que bastariam um cabo e um soldado para fechar o STF. Era uma declaração precoce de guerra. Mas Toffoli entendia que naquele momento inicial do mandato não existia um grupo submetido a uma cadeia de comando, articulado, financeiramente sustentável, com funções preordenadas destinadas a atacar o tribunal”, diz trecho da obra.
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