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sábado, 16 de setembro de 2023

O uísque da elite, a cachaça do povo e a barreira intransponível da cannabis

Por Mário Henrique Cardoso Caixeta
No último dia 24 de agosto a ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, lia seu voto no julgamento do Recurso Extraordinário nº 635.659, que trata da descriminalização da posse de drogas para consumo pessoal, quando um profícuo diálogo com o ministro Luís Roberto Barroso se estabeleceu. Disse a ministra, se referindo a Barroso: "O álcool, né, agora uma lei que viesse configurar como crime a ingestão de uísque, ao que Barroso lhe respondeu, bem-humorado: "Aí violaria direitos humanos".

Não obstante o tom jocoso das palavras do ministro Barroso, o que ele disse traz a síntese perfeita do que está em debate e é capaz de desvelar a hipocrisia que permeia o assunto. O uísque simboliza o sucesso, o prazer, o descanso ou o consolo. É o prêmio para o homem — geralmente branco — depois de um dia de trabalho estafante, geralmente realizado em escritórios fleumáticos, sempre com ar-condicionado. Seguindo o ritual, afrouxa-se o nó da gravata, um suspiro, e então se sorve aquele merecido líquido, para comemorar, para consolar ou simplesmente para relaxar ou para pensar melhor. As telenovelas são pródigas em replica-lo. Leia tudo no conjur

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