Integrantes do PL tomam conhecimento de que delação de Cid envolverá filhos de Bolsonaro

Membros do partido souberam que Mauro Cid citou familiares de Bolsonaro em depoimentos à Polícia Federal

Foto: Reprodução / Twitter

Firmada junto à Polícia Federal e homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid deve atingir, além de Jair Bolsonaro (PL), os filhos do ex-presidente.

Conforme Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo, por meio de interlocutores do ex-ajudante de ordens, integrantes do PL tomaram conhecimento de que familiares de Bolsonaro foram citados em depoimentos dados à PF.

Segundo a coluna, a delação deve atingir especialmente o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho “01” do ex-presidente que atuou em muitas decisões importantes do governo, a exemplo das escolhas de Augusto Aras para a Procuradoria Geral da República e Kássio Nunes Marques para o STF.

De acordo com a publicação, o PL tem observado um “cerco” das investigações em torno não apenas de Bolsonaro, mas também sobre possíveis nomes para as eleições municipais de 2024, a exemplo do general Walter Braga Netto, que teve o sigilo telefônico quebrado nesta terça-feira (12) por suspeita de fraude durante intervenção federal no Rio de Janeiro.

O militar é uma aposta de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido, para disputar a Prefeitura do Rio. Outro nome também defendido por parte do PL para as eleições municipais na capital fluminense é o próprio Flávio Bolsonaro, que, entretanto, não teve o aval de Jair.

Apesar disso, na hipótese de Barga Netto ser inviabilizado por conta das investigações, o senador voltaria a ser aventado para a disputa. Tudo vai depender, no entanto, do potencial de destruição da delação de Mauro Cid.

Conforme Mônica Bergamo, a delação de Cid vai alcançar ainda outros militares do governo Bolsonaro (PL), além de Braga Netto: Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência; Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde; e ainda um outro general da reserva.