General Gonçalves Dias foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro nesta quinta-feira (31)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro que se estivesse ciente da “ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, seria mais duro do que fui na repressão”. A declaração do ex-chefe da pasta foi dada nesta quinta-feira (31).
“Tendo conhecimento agora das sequências dos fatos, também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, seria mais duro do que fui na repressão. Faria diferente, embora tenha plena certeza de que envidei todos os esforços e ações”, disse o general à CPI.
“O consórcio de ações e inações das forças policiais que não foram eficazes no cumprimento de atividades previstas no PAI [Protocolo de Ações Integradas, elaborado pela área de segurança do governo do Distrito Federal] levou àqueles eventos”, completou.
GDias pediu demissão do comando do GSI em abril, após a divulgação de imagens que o mostram circulando no Planalto, durante a movimentação de golpistas no local. Ele informou a comissão que estava encaminhando os invasores ao 2º andar do palácio, onde seriam presos.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) citou em um relatório que o general havia sido alertado sobre os ataques. O ex-ministro de Luiz Inácio da Silva (PT) nega que tenha recebido informações de inteligência sobre os atos antidemocráticos.
Em junho, a Folha de São Paulo revelou que o ex-GSI mandou omitir do Congresso informes sobre o período. O ex-diretor-adjunto da Abin, Saulo Moura da Cunha, apresentou à CPI imagens que provam o envio de informações ao general sobre a mobilização.
“Eu trocava mensagens esporádicas com o senhor Saulo. Usava o Whatsapp do telefone pessoal. Em minha avaliação, essa troca de mensagens em aplicativo aberto de celular pessoal, não corresponde à forma de comunicação correta e institucional para transmissão de informações sensíveis sobre segurança nacional”, pontuou o militar.
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