Os exercícios podem ajudar a melhorar a habilidade de pessoas com autismo
Foto: Pixabay
Com apenas 30 minutos de atividade física é possível melhorar a habilidade das pessoas com autismo. Os efeitos podem ser observados inclusive em crianças e adolescentes, que demonstram mais disposição no convívio social, de se comunicar e até conversar. Dificuldades comuns para quem tem o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Por Renata Giraldi / SNB * Com informações na ABEC e no Frontier.
A atividade física sugerida pelos especialistas é de livre escolha de quem convive com autismo podendo ser desde uma caminhada de meia hora, à natação, aos exercícios em água e à hidroginástica, assim como equinoterapia. Há, ainda, quem defenda esportes coletivos, como futebol e basquete como forma de socialização, além de escalada e exercícios circenses.
O ideal, segundo os pesquisadores que buscam alternativas de tratamento para quem convive com autismo, é associar exercícios esportivos com terapias. A OMS (Organização Mundial de Saúde) calcula que cerca de 70 milhões de pessoas convivam com algum tipo de TEA no mundo.
Opções de atividade física
A escolha da atividade física destinada a melhorar a habilidade de quem tem o diagnóstico de TEA, especialistas listam as modalidades que julgam interessantes, lembrando que apenas meia hora de prática é suficiente.
Caminhada
Natação
Exercícios em água
Hidroginástica
Equinoterapia
Futebol
Basquete
Exercícios circenses
Escalada
O estudo e os resultados
Em um estudo feito por quatro cientistas brasileiros e um português, publicado no National Library of Medicine, foram examinados 229 crianças e adolescentes, de 2 a 17 anos, diagnosticados com autismo, por 48 semanas. Todos apresentaram melhoras em distintos graus.
Durante a pesquisa, os cientistas constataram ainda que a gravidade do autismo e o status socioeconômico influenciam o contato visual, o déficit de atenção e as respostas aos distúrbios do sono. Não mencionam agressividade nem meios para amenizar este aspecto.
Os resultados mostraram que a atividade física melhora de forma expressiva o conjunto de habilidade de quem convive com autismo, tais como:Dificuldades de interação social
Déficit de atenção
Reatividade emocional
Comportamento verbal
Estereotipias – manias físicas e de comportamento
Distúrbios do sono
Sem influências
O estudo não apontou as influências da atividade física na melhorar no contato visual e seletividade alimentar, dificuldades comuns aos autistas,
Para os pesquisadores, o caminho é agregar programas estruturados de exercício físico como terapia complementar no tratamento de quem tem o diagnóstico de autismo.
O autismo se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem.
Em geral, há reflexos também em um comportamento que se caracteriza por um restrito conjunto de interesses e atividades.
As pessoas com diagnóstico costumam ter resistência ao contato visual e físico, também têm dificuldades com alimentação, apresentando seletividade – só comem determinados tipos de alimentos, sem alterar o cardápio.
A atividade física associada a terapia ajuda na qualidade de vida de autistas – Foto: Pixabay
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