De acordo com a defesa da deputada, em texto publicado sobre a parlamentar, jornalista Luan Araújo fez afirmações caluniosas
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O processo foi oficialmente registrado pela deputada na última quarta-feira (26). A defesa de Zambelli argumenta que Luan foi o responsável por iniciar a confusão que ocorreu na ocasião.
“Insatisfeito com a ideologia política da deputada e visando vitória eleitoral do opositor do então presidente, de maneira extremamente provocativa, o querelado [Luan] iniciou discussão de cunho político, mesmo que a peticionária tivesse solicitado que parasse, até porque estava acompanhada de seu filho que em nada, repita-se, nada se relaciona com sua figura pública”, diz trecho da ação.
Durante o incidente, Zambelli sacou e apontou uma pistola para o jornalista com o objetivo de amedrontá-lo. Um dos seguranças da parlamentar chegou a efetuar um disparo para o alto. Contudo, o agente foi detido em flagrante após o tiro, e Zambelli enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma de fogo.
Após a repercussão imediata dos acontecimentos, Zambelli alega que Luan continuou a fazer repetidas ofensas contra ela e menciona um artigo escrito por Araújo. No texto, intitulado “Perca ou não o mandato, o mal que Zambelli me fez segue impune”, o jornalista diz que a deputada “segue com uma seita de doentes da extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades (…) que faz parte de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.
De acordo com a defesa de Carla Zambelli, o episódio foi traumático para ambas as partes, mas isso não justifica que a suposta vítima ofenda a parte acusada repetidamente. “Não há explicação para o tom de suas palavras. Não há dúvida que os episódios vivenciados pelas partes tenham sido traumatizantes e tenham gerado consequências para o próprio querelado, como narrou em sua coluna. Contudo, as consequências não foram diferentes para a querelante, que sofreu danos de imagem, além de repercussões políticas, profissionais, judiciais e, principalmente, pessoais”.
O Ministério Público discordou da argumentação apresentada por Zambelli, afirmando que Luan não ofendeu a parlamentar em seu texto. No entanto, o juiz Fabricio Reali Zia, da Vara Especial Criminal paulista, considerou que, neste momento, não é possível rejeitar os pedidos da autora da ação e ordenou a realização de uma audiência preliminar, ainda sem data definida.
Porém, o magistrado determinou de forma imediata que Luan remova a postagem em que menciona a deputada federal em até 48 horas.
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