Para ala do partido, a instauração de um processo contra o ministro será inócua e só irá desgastar ainda mais a relação do PL com o Judiciário
Foto: Divulgação / PL
Capitaneado pelo senador bolsonarista Jorge Seif Junior (PL-SC), o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso não é um tema unânime no PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com informações da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, parte da sigla avalia a iniciativa como “um erro”.
Segundo a coluna, as principais críticas vem de uma ala da Câmara dos Deputados e da cúpula do partido, cuja avaliação é de que a instauração de um processo de impeachment será inócua e só irá desgastar ainda mais a relação do PL com o Judiciário.
Parte dos deputados federais da sigla pondera ainda que firmar o documento contra Barroso não terá efeito prático, já que o impedimento de um membro do STF só se dá pelo Senado.
Diferente da ala mais bolsonarista, este grupo vê a necessidade de manter pontes com o Supremo, por isso seria importante que nem todos “entrem nessa furada”. Segundo a coluna, integrantes do PL avaliam que a pressão para assinar o pedido de afastamento é maior sobre os senadores.
A motivação para o pedido de investigação contra Barroso foi uma fala do magistrado em evento da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse o ministro, após ser hostilizado por um grupo de estudantes de esquerda.
Líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ-PL), assinou o documento e disse ter liberado a bancada. “Quem quiser, assina. Quem achar que houve crime pelo posicionamento do ministro assina. Quem não achar, não assina. O partido é plural, assina quem quer”, declarou.
Presidente do partido, Valdemar Costa Neto também sinalizou ser favorável ao pedido. “Quem escolheu a maior bancada do país foi o povo brasileiro. Se a bancada decidir que isso é o melhor para o país, eu tenho que estar com eles. Isso é democracia”, afirmou.
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