Equipe de transição destaca que, no auge da pandemia, a facilidade da inscrição ajudou a deteriorar a base de dados do Cadastro Único
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Conforme o jornal Estadão, a equipe de transição para o governo Lula (PT) planeja um “pente-fino” no cadastro dos beneficiários do Auxílio Brasil, visando especialmente as concessões individuais. A avaliação da equipe é que o Brasil passou a enfrentar uma distorção no Cadastro Único, sobretudo no último ano, durante a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.
A equipe de transição e o PT avaliam que houve um forte crescimento na quantidade de famílias compostas por apenas um integrante – chamadas de unipessoais – incluídas pelo programa social. Em agosto, cerca de 5,3 milhões estavam nessa condição.
Ao Estadão, o ex-secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania disse que “existe uma agenda de qualificação de cadastro”. “É uma agenda grande e que apresenta um enorme desafio”.
No caso das famílias unipessoais, a apuração vai ter início para os cadastrados incluídos ou atualizados após novembro de 2021, quando somavam 2,2 milhões. Ou seja, 3 milhões de beneficiários terão de atualizar os dados para evitar o bloqueio do benefício.
Segundo o jornal, a equipe de transição destaca que no auge da pandemia, a facilidade da inscrição ajudou a deteriorar a base de dados do Cadastro Único.
Para liberar o Auxílio Emergencial, depois transformado em Auxílio Brasil, o governo Jair Bolsonaro possibilitou a adesão de beneficiários por meio de aplicativo, sem a necessidade de uma grande atuação de agentes dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) para, por exemplo, fazer o mapeamento dos mais pobres e acompanhar o perfil da população inscrita.
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