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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Sem saber ler e escrever, mulher abre escola para crianças carentes

A Escolinha da Dona Boneca ajuda crianças carentes no contraturno da escola, com diversas atividades 
- Fotos: Igor Eliar
Mesmo sem saber ler e escrever, a Adeilda da Silva, ou Tia Boneca, como é conhecida, encontrou uma forma de ajudar na alfabetização de crianças da comunidade Tiago Neris, em Mangabeira, João Pessoa. Por Monique de Carvalho / SNB

Tia Boneca abriu uma escolinha, que hoje atende quase 70 crianças com atividades educativas e culturais. O projeto surgiu após uma promessa, feita em 2017, quando ela descobriu um tumor no cérebro.

A Casa Escolinha da Dona Boneca começou a funcionar há quase sete anos. Na época, atendia cerca de 25 crianças, com brincadeiras e alimentação básica. Hoje, 68 crianças frequentam a pequena instituição, que já oferece aulas de reforço dadas por voluntários.

As crianças, que têm entre 5 e 13 anos de idade, frequentam a escola regular e, nos contraturnos vão para a escolinha cumprirem as demais atividades.

“Já recebemos muito mais alunos, mas hoje temos quase 70. Alguns são de outros colégios, vão estudar na parte da manhã e ficam na escolinha à tarde. Outros estudam de tarde e ficam na escolinha de manhã, se alimentam e tomam banho pra ir pro colégio. Eles têm tudo que a gente pode oferecer”, explica.

Apoio aos mais velhos
Além de dar apoio para as crianças, a escolinha da Tia Boneca também abre as portas para os mais velhos.

No turno da noite, o espaço recebe uma professora da Rede Municipal de Ensino para dar aulas pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). E uma das alunas dessa turma é a própria Tia Boneca.

Após um ano com a escolinha fechada, devido aos bloqueios da pandemia, Tia Boneca comemora o retorno das atividades e das aulas do EJA.

Ela começou a estudar também
Ela aproveitou também para compartilhar a primeira grande conquista: aprendeu a escrever o nome completo. Agora, pode compartilhar com as crianças as letras em comum, e dar início ao processo de ajuda pedagógica que tanto sonhou.

“Acredito que a educação pode mudar o mundo. Antes os adultos atendidos no EJA aqui na escolinha não sabiam escrever nem um ‘o’, e hoje já sabem muita coisa. É a coisa mais linda ver todos eles estudando, ver as crianças podendo brincar… É uma satisfação”, finaliza.
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