Ação de policiais resultou em três jovens adolescentes baleados na tarde de domingo
Na tarde desta terça-feira (20), familiares e moradores da região do Condomínio Jardim América, localizado no bairro Nova Califórnia, na zona leste de Itabuna, realizaram um protesto de forma pacífica. O motivo da manifestação foi a ação de policiais da Rondesp e do 15° BPM, que resultou em três jovens adolescentes baleados na tarde de domingo (18), sendo que um deles, João Felipe, de 17 anos, atingido três vezes e internado na UTI do Hospital de Base, está em coma. Os agentes foram acionados até o Condomínio, pois receberam a denúncia que, integrantes da facção criminosa Raio A, estariam ostentando armas de fogo em uma festa paredão. Ao chegarem a localidade, os agentes foram recebidos a tiros. De imediato, os policiais responderam a agressão, houve bastante correria das pessoas que estavam curtindo som, e os três jovens atingidos acabaram correndo. Após o fim dos disparos, os agentes fizeram buscas nos matagais, e encontraram drogas, três revólveres calibres 38, 32 e 22 municiado e dinheiro. Mais à frente os três rapazes foram encontrados feridos. Os policiais os socorreram ao Hospital de Base. Um foi atendido, liberado e conduzido ao Complexo Policial. Depois de ouvido na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), foi liberado, pois não havia provas concretas que o material encontrado seria dele. Os outros jovens continuam internados. Áudios que rolaram no domingo a noite, mostram o que seria a voz de um marginal, comemorando os tiros que ele e comparsas deram nas guarnições, mostrando que realmente houve um confronto na localidade. Mas ao que tudo indica, os jovens baleados não teriam participação no tiroteio e foram vítimas de balas perdidas. Nenhum deles tem passagem na polícia. A mãe de João Felipe, de 17 anos, que está na UTI, disse no protesto que irá correr atrás, não importa aonde tenha que ir, mas que o caso do filho dela não ficaria impune, que o filho foi para uma festa e não pertence a facção criminosa Raio A e nem ao DMP. Ela e outras pessoas pedem Justiça.
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