Morte ocorreu em Taiwan, nessa terça-feira (29), após o menino ficar em coma por 70 dias devido a hemorragia cerebral
Fonte: Correio Braziliense**Foto: Edilson Rodrigues/CB/DA.Press
Um garoto de 7 anos morreu, nessa terça-feira (29/6), após ficar em coma por 70 dias. Ele foi internado no dia 21 abril após uma aula de judô em Taiwan, na qual o professor e os colegas o derrubaram no tapete mais de 27 vezes, até ele desmaiar e sofrer uma hemorragia cerebral.
Em um vídeo publicado na internet na época, o professor ordena que alunos mais velhos derrubem o menino com um golpe repetidas vezes, e depois o próprio professor joga o aluno no chão.
Após o coma que, segundo médicos, deixaria o menino em estado vegetativo, a família decidiu desligar os aparelhos que o mantinham vivo.
A internação aconteceu duas semanas depois do menino convencer a família a fazer aulas de judô. O vídeo foi filmado pelo próprio tio do garoto, com o intuito de mostrar à mãe que o menino não devia praticar a luta.
Na cena gravada, é possível ouvir o menino gritando “minha cabeça!”, “minha perna”, e “eu não quero isso!”. Mesmo assim, o professor continua ordenando que o aluno mais velho aplicasse o golpe.
Quando o menino não tem mais forças para levantar, o próprio professor o derruba várias vezes no chão, até que o aluno vomita e desmaia. O professor chegou a afirmar que o desmaio era "fingido''.
Após o menino ser levado ao hospital, os médicos constataram que ele teve uma hemorragia cerebral e internaram-no.
“Eu ainda me lembro daquela manhã em que eu o levei para a escola. Ele se virou e disse ‘Adeus, mama’. À noite, ele ficou assim”, disse a mãe do garoto à BBC News.
Ela também afirmou que o tio que gravou o vídeo estava se sentindo muito mal, e que não impedir as ações de um professor faz parte da cultura local: “As testemunhas da cena deviam estar pensando ‘se o professor mandou, não podemos nos opor’. Já vimos muitos exemplos desse pensamento, mesmo em casos graves.”
O professor, de sobrenome Ho, tem cerca de 60 anos e havia sido detido por suspeitas de negligência. Porém, as autoridades o liberaram por considerarem plausíveis suas negações de quaisquer irresponsabilidades e a alegação de que tudo era parte de “um treino normal”.
Entretanto, depois de uma conferência de imprensa com a família do menino, as autoridades voltaram atrás e o homem foi processado por agressão física que resultou em morte e por ter feito um menor de idade cometer um crime.
O professor saiu da prisão após pagar uma fiança de 3.583 dólares. Porém, após a morte do garoto, procuradores analisarão novamente o caso. Se for condenado, ele pode receber a pena de 7 anos a prisão perpétua.
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