Foto: Reprodução/Pixabay
Pela primeira vez em 20 anos o número de crianças vítimas de trabalho infantil cresceu no mundo e atingiu os 160 milhões, de acordo com dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgados nesta quinta-feira (10).
Os dados constam no relatório “Trabalho Infantil: estimativas globais de 2020, tendências e o caminho a seguir”. O documento foi divulgado pelas instituições por ocasião do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho.
O relatório destaca a necessidade de medidas para combater o trabalho infantil e sinaliza para a possibilidade da pandemia agravar o problema.
O documento destaca que, pela primeira vez em 20 anos, a evolução da erradicação do trabalho infantil "inverteu o sentido", contrariando a tendência de queda registrada entre 2000 e 2016, período em que houve redução de pelo menos 94 milhões de crianças no mundo do trabalho.
Nos últimos quatro anos, esse aumento foi de 8,4 milhões de pessoas, diz o relatório divulgado nessa quinta-feira. "Cerca de 9 milhões a mais de crianças estão em risco devido aos efeitos da covid-19" até o fim de 2022, e "esse número poderá aumentar para 46 milhões, caso não venham a ter acesso a medidas de proteção social essenciais", ressalta reportagem da Agência Brasil.
"Novas crises econômicas e o fechamento de escolas, devido à Covid-19, podem significar que as crianças trabalham mais horas, ou em condições agravadas, enquanto muitas outras podem ser forçadas às piores formas de trabalho infantil, devido à perda de emprego e rendimento em famílias vulneráveis", alerta o documento.
A diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore defendeu a importância de se investir em programas que desestimulem o trabalho infantil, num momento em que o fechamento de escolas, as crises econômicas e os ajustes nos orçamentos nacionais podem forçar as famílias "a tomar decisões muito drásticas".
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