Foto: Reprodução/TC Senado
O Ministério Público Federal no Distrito Federal denunciou à Justiça o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (8) e divulgada nesta quarta (9).
A acusação é baseada no gesto feito em março pelo assessor em uma sessão do Senado, em março. Segundo o MPF, Martins "agiu de forma intencional e tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto".
De acordo com o G1, se a denúncia for recebida pela 12ª Vara Federal do DF, o assessor do presidente Jair Bolsonaro responderá por condutas previstas na Lei de Crimes Raciais. De acordo com o MP, ele pode ser condenado à prisão, ao pagamento de multa mínima de R$30 mil e à perda de cargo público.
Quando fez o gesto ofensivo no Senado, Martins acompanhava a fala do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo sobre os esforços do Itamaraty para viabilizar a aquisição de vacinas contra a Covid.
O gesto foi considerado obsceno pelos parlamentares e também foi associado a uma saudação utilizada por supremacistas brancos, já que a mão posicionada desse jeito forma as letras WP ("white power", ou poder branco).
Em depoimento à Polícia Legislativa do Senado, Filipe Martins negou que estivesse fazendo um gesto supremacista - e disse que naquele momento, estava apenas ajeitando a lapela do terno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário