por Cláudia Cardozo**Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias | Divulgação
A desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e o filho Vasco Rusciolelli foram colocados em prisão domiciliar em setembro de 2020 por ameaças de morte. Os dois foram presos na 5ª fase da Operação Faroeste, em março do ano passado, por venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Desde que a prisão preventiva foi convertida em domiciliar, se propagou que o motivo da conversão da cautelar era por terem firmado uma delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, segundo a denúncia assinada pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, contra o ex-chefe da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, Sandra e Vasco receberam ameaças enquanto estavam custodiados - ela, na Papuda, em Brasília, e ele, em Salvador, no Presídio da Mata Escura.
No documento, Lindôra aponta que Vasco recebeu “recados de advogado, policial e agente do sistema prisional, a fim de que, supostamente, a mando de Maurício Barbosa e Rui Barata, fosse desencorajado a firmar acordo de colaboração, plenificando situação de perigo com a liberdade de seus intimidadores”. Lindôra também narra que o delator, advogado Júlio César Cavalcanti teve a residência invadida, com a subtração de um notebook e aparelho telefônico, sem que a SSP adotasse qualquer medida para apurar o caso.
Em abril, foi revelado que a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab) tentou ameaçar a família de Sandra Rusciolelli a não fazer delação premiada (veja aqui), por supostamente envolver magistrados do TJ-BA. Em maio, o delator Júlio Cavalcanti pediu perdão judicial por ter colaborado com as investigações da Faroeste (saiba mais).
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