por Gabriel Lopes**Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia recebe a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, nesta terça-feira (25) para depoimento.
No início da sessão, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), fez considerações e lembrou do julgamento de Nuremberg, responsável por julgar crimes cometidos por oficiais nazistas na 2ª Guerra Mundial. "Esta CPI não é um tribunal de guerra ou de exceção. É um tribunal da democracia", afirmou Calheiros ao citar que o julgamento foi o mais importante da história.
A fala de Renan gerou discussão na CPI e irritou senadores governistas que criticaram a comparação com o julgamento de oficiais nazistas. "Isso é uma coisa odienta. Isso não existe. Vai ficar registrado nos anais do Senado Federal", declarou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-AL).
"Não estamos na fase de apresentação de relatório", disse também o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO).
Renan afirmou que a fala era apenas uma introdução. "Não podemos dizer que há genocídio aqui. Mas podemos dizer que há uma semelhança tenebrosa, assustadora, terrível e perturbadora no comportamento entre algumas altas autoridades que testemunharam aqui nessa CPI e os marechais do nazismo que acabei de descrever", completou o relator.
Mayra Pinheiro é a nona pessoa a depor na CPI da Pandemia. Antes dele, os senadores colheram depoimentos dos ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, do atual ministro Marcelo Queiroga, do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, do ex-secretário especial de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, e do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
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