Foto: Society for Science
Por Andréa Fassina, da redação do Só Notícia Boa – Com informações do GNN
Uma estudante africana de 17 anos, que mora nos EUA, desenvolveu uma sutura feita à base de beterraba que muda de cor para alertar sobre possíveis infecções após cirurgias.
Por causa da invenção, Dasia Taylor ficou entre os 40 finalistas do prêmio Regeneron Science Talent Search Nacional, de 2021. A descoberta já lhe rendeu 25 mil dólares, cerca de 150 mil reais.
A ideia inicial de Dasia era ajudar pacientes cirúrgicos na África a detectar infecções que podem se tornar mais graves, já que o continente tem as maiores taxas de infecção pós-cirúrgica.
O projeto surgiu em 2019, durante as aulas de química na Iowa City West High School, nos Estados Unidos, onde a estudante ganhou vários prêmios regionais em feiras de ciências.
Beterraba
O método usa a beterraba, um tubérculo que mancha qualquer superfície com sua cor avermelhada e roxa.
O pH da nossa pele é ácido e tem uma média de 5, enquanto uma ferida infectada aumenta esse pH para um nível de 9.
A cor da beterraba muda de vermelho vivo para roxo escuro conforme o nível de pH do ambiente aumenta.
“Descobri que a beterraba muda de cor no ponto de pH perfeito”, disse Taylor ao Smithsonian .
“Isso é perfeito para uma ferida infeccionada. E então, eu disse, ‘Oh, ok. A beterraba é o caminho’”, afirmou.
Corante
A próxima etapa da estudante foi utilizar o material corante da beterraba extraindo o suco da leguminosa.
Ela usou uma mistura de algodão-poliéster para o fio de sutura.
Após cinco minutos de infecção, a sutura vermelha começou a ficar roxa, sugerindo que os pacientes ficam sabendo da infecção imediatamente, talvez mesmo antes de receberem alta do hospital.
Ciências Políticas
Mesmo se destacando na área de pesquisas científicas, Dasia quer seguir outro caminho.
Após o colégio, ela sonha em estudar ciências política e se formar advogada, na Howard University.
“Tenho muito orgulho da escola porque quando alguém em nosso colégio faz algo ótimo, é celebrado em toda a sua extensão”, diz Taylor.
“Ser capaz de ser um desses destaques tem sido incrível”, concluiu a estudante prodígio.
Fio de sutura mudando de vermelho para roxo após 5 minutos detecta infecção Foto: Society for Science
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