De acordo com o Estadão, 96% dos 7,15 milhões de exames encalhados vencem em dezembro e janeiro. O restante, até março.
Foto: Hélia Scheppa/SEI
Um total de 6,86 milhões de exames do tipo RT-PCR, para diagnóstico da Covid-19, comprados pelo Ministério da Saúde e estocados em Guarulhos, têm validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021 e ainda não foram distribuídos para a rede pública. O SUS aplicou cinco milhões de testes deste tipo e o descarte desse lote de exames, que custa cerca R$290 milhões, é uma possibilidade. A informação foi divulgada hoje (22) pelo jornal Estadão.
De acordo com o jornal, o Ministério da Saúde alega que sua parte se resume a comprar os exames, que são distribuídos a depender da demanda e dos pedidos feitos pelos governadores e prefeitos, que em sua defesa, dizem que o governo federal entregou o material incompleto. Ainda segundo o Estadão, 96% dos 7,15 milhões de exames encalhados vencem em dezembro e janeiro. O restante, até março.
O programa Diagnosticar para Cuidar, lançado duas vezes pelo ministério, previa 24,2 milhões de exames no SUS até dezembro, no entanto, só 20% foram feitos. Além disso, foi prometida a entrega de insumos para distribuição de kits completos, mas os negócios foram travados por suspeita de irregularidades, hoje sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Há ainda uma avaliação pouco criteriosa para entrega dos testes RT-PCR pelo Ministério da Saúde, já que o Paraná foi o terceiro estado que mais recebeu os produtos, enquanto a Bahia está em sexto lugar, mesmo com população superior e mais casos e mortes pela Covid-19.
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