Estudo isolou oito novos polifenóis na variedade mais rara do própolis; dois deles tiveram potencial para inibir células tumorais.
Foto: Reprodução/Fapesp
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No estudo, publicado no Journal of Natural Products, além das duas substâncias anticancerígenas, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descreveram outros seis novos polifenóis – substâncias naturais como os flavonoides e os taninos, encontradas em plantas, cereais e também no vinho – com estruturas totalmente inéditas na ciência.
“Das oito substâncias novas e isoladas pela primeira vez da própolis vermelha, duas apresentaram propriedade citotóxica anticancerígena em células de ovário, mama e de glioma. Realizamos os testes in vitro nesses três tipos de câncer por eles serem multirresistentes a diferentes drogas e, portanto, muito difíceis de tratar. Essas células têm um mecanismo, já conhecido, que superexpressa uma proteína responsável pela exclusão de drogas das células, levando à resistência medicamentosa. No entanto, os testes mostraram que as substâncias da própolis vermelha conseguiram contornar esse mecanismo, algo essencial para reduzir os tumores”, informou o coordenador do estudo, Roberto Berlinck.
Ele é professor no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) e membro da coordenação do Programa BIOTA-Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
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