por Leandro Aragão//Foto: Reprodução
Contratado durante a paralisação do futebol em meio a pandemia do coronavírus, o centroavante Marcelo Nicácio deixou o Atlético de Alagoinhas na manhã desta quarta-feira (26). O jogador, de 37 anos, se desentendeu com o diretor de futebol do clube baiano, Luiz Matos Júnior.
"Eu não cheguei a ter um desentendimento com o diretor cara a cara. Aconteceu uma situação que fiquei sabendo por pessoas do clube, que Matos tinha dito que pensava seriamente se iria me contratar. Falou que eu era jogador problemático. Por conta disso, acabei desistindo de viagem por essa situação, estava no caminho para Alagoinhas e decidi voltar. Nunca tive problema com nenhum diretor na minha carreira, já joguei em mais de 20 clubes. Um cara que não me conhece, nunca me viu e fala a meu respeito desse jeito. Eu sou artilheiro do Campeonato Baiano com 37 anos. E ele fala besteira para as pessoas que estava pensando seriamente se me contrataria. Estou há dois meses apalavrado com o Atlético de Alagoinhas, apareceram muitas propostas e por conta da palavra que eu dei, não fechei com ninguém. Até hoje não assinei contrato com o Atlético, porque ele fica amarrando. Acabei que não vou mais para o clube e mandei mensagem para o presidente agradecendo. Ele tinha até adiantado um dinheiro para mim, que vou devolver e não vou mais para o clube", desabafou em entrevista ao Bahia Notícias. Ele disputou o Baianão pelo Flu de Feira.
Já Luiz Matos Júnior negou que tenha tido um desentendimento pessoal com Nicácio.
"Não teve nada. Infelizmente foi uma opção do clube. A gente já tinha conversado com ele e acertado alguns detalhes, mas existiam uns problemas com ele que precisavam ser revistos e foi definido que as duas partes não deviam mais ficar. Eu defendo o clube e ele defende a parte dele. Temos que viver e seguir o que achamos ser melhor para o clube. Então, a gente não pode seguir por uma pessoa só. Vida que segue. Não existiu nenhum desentendimento da minha parte, pelo contrário. Se ele acha que foi da minha parte, não posso fazer nada. Nem Deus agradou a todos", rebateu ao BN.
Enquanto presidente Albino Leite criticou a postura do centroavante. Para ele, o atleta procurou um pretexto para romper com o Carcará e buscar melhores propostas.
"Ele acertou com a gente lá atrás, ficou com a gente. Aí na hora que está tendo proposta de outros clubes... Ele veio com um salário reduzido, dentro das nossas condições. Aí procurou um pretexto. Não se apresentou no clube como deveria, então não dá para trabalhar comigo", declarou ao BN.
O Atlético de Alagoinhas se prepara para as disputas da Série D e da preliminar da Copa do Nordeste 2021.
Além de Marcelo Nicácio, o volante Makelelê também não seguirá no Atlético de Alagoinhas para a disputa do restante da temporada. Ele foi dispensado por decisão do clube baiano.
"A gente tem que trabalhar com pessoas que queiram ver o clube crescer. Então, a gente achou por bem chamá-lo e dispensá-lo", afirmou Albino Leite. "A decisão foi minha, do presidente. Eu quero pessoas que agreguem valores aqui dentro. Na hora da tristeza e na hora da alegria. Se o clube convoca para se apresentar tal dia, tem que se apresentar e não procurar coisas que não devem", completou.
Vale lembrar que a data original da reapresentação do elenco do Atlético de Alagoinhas estava prevista para a última segunda (24). No entanto, por falta de pagamento dos direitos de imagem e das premiações referentes ao Baianão, os jogadores fizeram um protesto e só retornaram aos trabalhos nesta terça (25) (leia aqui e aqui). Mas segundo Albino, o clube deve apenas os direitos de imagem.
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