Foto: Divulgação
Pacientes que precisam realizar hemodiálise no município de Itaberaba, na região da Chapada Diamantina, têm passado por dificuldades nos últimos meses. Por meio de redes sociais e mensagens de áudio em grupos do Whatsapp, usuários protestam contra o fechamento do serviço na cidade e o tratamento desumano que recebem.
O problema começou em 2019, quando o hospital regional de Itaberaba foi fechado para reforma. A unidade sediava o serviço de hemodiálise que atendia, inclusive, pacientes de municípios vizinhos. Com o fechamento, a empresa contratada pela prefeitura para gerenciar o atendimento até chegou a alugar um imóvel na cidade, para seguir com os atendimentos, no entanto, o local sequer tem energia elétrica.
Sem saída, a prefeitura decidiu terceirizar o problema. Desde o fechamento do hospital, os mais de 100 pacientes da hemodiálise são amontoados em ônibus e precisam viajar doze horas - no total, até Irecê, onde são submetidos a 3 horas de tratamento, que consiste em filtrar o sangue fora do corpo. São necessárias três sessões por semana. https://www.bahianoticias.com.br
O esforço físico exigido tanto para as viagens, quanto para o próprio procedimento, tem levado pacientes a passar mal durante o trajeto. Esse quadro se agrava em tempos de pandemia pelo novo corona.
Desmaios se tornaram tão frequentes, contam os pacientes, que a prefeitura se viu obrigada a colocar enfermeiros e técnicos para acompanhar o trajeto. Em um dos áudios divulgados na rede, uma idosa reclama da falta de humanidade dos profissionais que a atenderam em Irecê. Acompanhada do áudio, uma foto em que mostra o catéter utilizado nas sessões de hemodiálise sangrando. "Um desrespeito o que estão fazendo com nós, pacientes", se indigna a mulher, que teve a identidade protegida pela família para evitar represálias e, consequentemente, a piora de seu quadro de saúde.
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