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domingo, 19 de abril de 2020

Coronavírus: Itália e Alemanha dão sinais de que o pior já passou

Monalisa de máscara - Arte: Sumanley xulx /Pixabay
Duas notícias boas podem indicar que o pior já passou na Alemanha e na Itália, onde as infecções por coronavírus começaram em janeiro.

A Itália registrou recorde de recuperados da covid-19 em um dia, neste sábado, 18. Depois de tanta tristeza e perda de milhares de vidas humanas, o país teve redução na quantidade de doentes nas UTIs.

Já a Alemanha anunciou que a covid-19 “está sob controle” no país, afirmou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn nesta sexta, 17. (detalhes abaixo)

São informações que fazem refletir sobre atitudes anteriores tomadas pelos governos e quanto tempo elas demoraram pra deixar a pandemia “sob controle”.

Comparação com Brasil
A Alemanha teve o primeiro caso no dia 27 de janeiro em Munique, na Baviera, há 12 semanas.

Já a Itália confirmou seu primeiro caso 4 dias depois, em 31 de janeiro, também há 12 semanas, aproximadamente.

No Brasil a doença chegou semanas depois. O primeiro caso confirmado de coronavírus aqui foi no dia 26 de fevereiro, há 50 dias aproximadamente e a primeira morte por covid-19 foi confirmada no dia 16 de março, também em São Paulo.

Seguindo os parâmetros da infecção em outros países, o pico da doença ainda não aconteceu no Brasil.

Comparando as 3 semanas de diferença que temos em relação à Europa, sobre o primeiro caso confirmado, a doença deve crescer no Brasil até o final de maio.

Esta semana a quantidade de mortes dobrou em relação à anterior: foram 1223 nos últimos 7 dias, contra 692 na semana anterior. Por isso não é hora de baixar a guarda, ao contrário! E também é necessário aprender a lição de casa feita por outros países.

Alemanha
A Alemanha hoje é o quinto país em número de contágios com 137.439 casos confirmados e número de mortos reduzido: 4.110, de acordo com os dados do Instituto Robert Koch.

Para comparar, os EUA, têm 740 mil casos confirmados e quase 40 mil mortos.

O sucesso alemão, à frente do restante da Europa e EUA se deve à eficiência e a rapidez da gestão da crise, assim que começou a pandemia.

Houve investimento em pesquisas para detectar precocemente o vírus, gasto sanitário, aumento no número de leitos e tomada rápida de decisões políticas, ao contrário de países vizinhos, como França e a Espanha, que demoraram mais para agir.

Em janeiro mesmo os laboratórios de todo o país foram alertados e instruídos por Berlim sobre a necessidade de realizar testes diagnósticos.

Quando a crise estourou, o sistema de saúde da Alemanha não entrou em colapso porque desde o começo da epidemia, o país aumentou de 28.000 a 40.000 o número de leitos em unidades de tratamento intensivo. Na sexta-feira, 11.312 estavam disponíveis, de acordo com o instituto. A curva há dias parece ter achatado no país.

O país anunciou agora a abertura gradual das escolas, que começará em 4 de maio e que a Baviera, o estado mais afetado pela pandemia, atrasará em uma semana.

Itália
Na Itália, a notícia boa é o recorde no registro de pacientes curados da covid-19 em um só dia: 2.500 pessoas. Leia tudo em https://www.sonoticiaboa.com.br

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