por Fabiano Maisonnave | Folhapress
Um confronto entre opositores e militares venezuelanos na linha fronteiriça teve pedras, coquetel molotov, gás lacrimogêneo e ao menos um ferido no final da tarde deste sábado (23). Um porta-voz do Exército brasileiro disse que foi uma "pequena rusga na fronteira".
O incidente foi iniciado por algumas dezenas de manifestantes venezuelanos concentrados do lado brasileiro, alguns deles alcoolizados. Eles queimaram uma base de vigilância e lançaram pedras e coquetéis molotov contra militares venezuelanos.
As forças do regime de Nicolás Maduro reagiram lançando pedras de volta e bombas de gás lacrimogêneo. Houve sons de tiro, mas ninguém foi alvejado. Algumas pessoas estavam postadas na base das duas bandeiras que marcam a linha de fronteira. Um manifestante foi socorrido desacordado.
Após o incidente, o coronel brasileiro Jacaúna de Souza disse a jornalistas que "foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo. Esperamos que isso não fique assim. Que alguma coisa seja feita pelo nosso governo".
Questionado se considerava o incidente um ataque, respondeu que houve uma "pequena rusga na fronteira": "A fronteira está reforçada, protegida. Não existe mínima possibilidade de sermos invadidos".
Em entrevista à TV Globo, o coronel Souza disse que os militares venezuelanos também fizeram disparos com munição real contra os manifestantes.
Em uma demonstração de força, o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, impediu neste sábado (23) a entrada de toneladas de alimentos, remédios e itens de primeira necessidade enviados pelos EUA pelas fronteiras de Brasil e Colômbia.
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