A solidariedade e a tristeza continuam, mas as informações mostram que os meninos das categorias de base do Flamengo que morreram carbonizados no Ninho do Urubu poderiam ter escapado do incêndio que matou dez atletas que tinham 14 e 16 anos.
Quase trinta garotos moravam num alojamento instalado em seis contêineres sem qualquer condições para isso. Na hora em que o incêndio começou no último deles, os jovens dormiam pesadamente e não tiveram tempo para escapar.
Poderiam ser acordados se o clube, atendendo a exigência do Corpo de Bombeiros, tivesse instalado sensores que jogam água, que certamente os acordaria e eles tentariam escapar.
Acontece que só havia uma porta em frente ao primeiro quarto. Se os 26 jovens chegassem lá ao mesmo talvez ficassem travados no local e poderiam ser pisoteados entre si.
O clube dá explicações pouco convincentes. A revoltante realidade é que o clube não atendeu aos questionamentos do Corpo de Bombeiros e nem a Prefeitura interditou o local após aplicar mais de 30 multas pelo omissão do Flamengo.
Cabe agora a Poder Judiciário tomar as medidas que punam os responsáveis, além de ressarcir as famílias pelos danos atuais e futuros, embora nada disso possa pagar nem apagar a dor da perda de um ser tão jovem. por Airton Leitão
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