Pessoas que consomem muita carne, mesmo aquelas consideradas saudáveis como frango, peru ou carne magra, estão mais propensas a desenvolverem doença do fígado.
De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Gut, pessoas cuja maior fonte de proteína é proveniente de produtos de origem animal correm um risco 54% maior de desenvolverem doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), também chamada de esteatose hepática, do que aquelas que optam por proteínas vegetais.
Para determinar como a alimentação pode influenciar o risco de DHGNA os pesquisadores do Centro Médico da Universidade Erasmus MC em Roterdã analisaram questionários dietéticos e exames de gordura hepática de 3.882 adultos com, em média, 70 anos de idade.
Nenhum dos participantes tomava medicamentos esteatogênicos ou tinha hepatite viral – ambos podem fazer com que a gordura se acumule no fígado. Os resultados mostraram que 34% dos participantes apresentaram DHGNA e a maioria não tinha sobrepeso (um fator de risco para o problema).
Além disso, aqueles que tinham sobrepeso e consumiam a maior quantidade de proteína animal corriam um risco 54% maior de desenvolver a doença do que aqueles que ingeriam uma quantidade menor desses alimentos. A associação permaneceu mesmo após serem ajustados fatores socioeconômicos e de estilo de vida. Foto: iStock/Getty Images
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