Painel, Folha de S. Paulo
O açoite em praça pública de Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) surpreendeu não só o próprio ministro, antes visto como braço direito de Jair Bolsonaro, mas também nomes do PSL e de siglas da base. Pressionado a pedir demissão, Bebianno disse a pessoas próximas que, na primeira crise, colocaram sua “cabeça na bandeja”. Após o episódio, aliados disseram que a lição que fica é a de que o clã que ocupa o Planalto não hesitará em jogar quem quer que seja aos leões para salvar a própria pele.
Para entender o quilate do aliado que Bolsonaro deixou ao relento: Bebianno assumiu a presidência do PSL durante a campanha de 2018, coordenou os gastos da empreitada rumo ao Planalto, comandou a estratégia jurídica e participou de praticamente todas as decisões estratégicas, como, por exemplo, as de comunicação.
Nomes do PSL viram na exposição pública de Bebianno a maior demonstração de ingerência dos filhos do presidente, em especial Carlos, no governo –o que foi interpretado como péssimo sinal.
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