Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Um relatório da Polícia Federal (PF) aponta que membros do Ministério do Trabalho desrespeitavam exigências legais e faziam pareceres fraudulentos para atender pedidos do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Segundo reportagem da Folha, a PF diz que Marun, através de sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, pedia facilidades para sindicatos de Mato Grosso do Sul, em provável troca de apoio político no estado, reduto eleitoral do ministro. O fato seria constatado por mensagens trocadas pela assessora com servidores do ministério em maio deste ano, dias antes da Operação Registro Espúrio ser deflagrada.
Ainda segundo a Folha, a suposta ingerência de Marun também foi tema de mensagens do ex-ministro do Trabalho Helton Yomura —afastado na semana passada, na terceira fase da operação— e de seu chefe de gabinete, Júlio de Souza Bernardo, o Júlio Canelinha, preso temporariamente, mas já liberado. Eles trataram de pedido para que um despacho no DOU fosse revertido. O despacho citado prejudicava uma entidade de Mato Grosso do Sul, para atender interesses do Solidariedade, um dos partidos com influência no ministério, mas desagradou o ministro. Em nota, Marun declarou que os casos citados são encaminhamentos de rotina de demandas que chegam até ele. O ministro disse ainda que a articulação com entidades da sociedade civil é competência da pasta que chefia.
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