Foto: Fernanda Calfat / Divulgação
Com apenas oito anos, o pequeno João Paulo Guerra Barrera é uma espécie de garoto prodígio. Já publicou dois livros, ambos bilíngues (inglês e português), ganhou um prêmio da Nasa e atualmente viaja pelo Brasil dando palestras.
Nesta quinta-feira (12), vestindo terno e gravata, ele completou mais um feito: foi à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, entregar uma carta pedindo a inclusão do português entre as línguas oficiais da agência intergovernamental. Quem o recebeu foi a secretária geral da ONU para a Juventude, Jayathma Wickramanayake.
"Falei sobre ciências, tecnologia, inovação, sobre proteger o planeta, reciclar as coisas e ensinar o que sabemos, ter respeito pelas pessoas e ser feliz. Não importa a sua idade o importante é você começar a transformar seus sonhos em realidade", disse ele.
Atualmente, a ONU tem seis línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. As cinco últimas são línguas oficiais desde a fundação da ONU, em 1946. Já o árabe foi incluído em 1973.
Todas elas também são "línguas de trabalho" da entidade e dos demais organismos ligados a ela. Isso quer dizer que todos os milhares de documentos estão disponíveis em todas essas línguas.
Com 223 milhões de falantes em 15 países, segundo dados da publicação "Ethnologue: Languages of the World" ("Línguas do Mundo", em inglês), o português fica à frente do russo e do francês, com 154 milhões e 76,8 milhões de falantes, respectivamente. A proposta de João é que o português também entre nessa lista de línguas oficiais da entidade.
Para isso, ele escreveu uma carta de próprio punho endereçada ao geral da ONU, António Guterres. "Eu tenho um pedido especial para o senhor. Por favor, inclua o idioma português como língua oficial da ONU. Isso vai nos tornar mais fortes para defender as nossas ideias e projetos para deixar o mundo um lugar melhor para todos".
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