A quem interessa a manutenção da candidatura de Lula à presidência da República? É uma questão cuja resposta pode levar o PT a uma divisão insanável, com governadores de um lado e parlamentares da legenda do outro.
Aos primeiros, interessa sobretudo a costura de alianças e a formação de palanques que lhes garantam conforto na corrida eleitoral. Para tanto, precisam urgentemente da definição de um plano B caso Lula não seja candidato – e tudo indica que não será.
Aos parlamentares petistas, entretanto, é indiferente se Lula será ou não barrado pela Lei da Ficha Limpa, desde que possam tirar proveito de nacos do eleitorado que ainda tem simpatia pelo ex-presidente, preso em Curitiba há pouco mais de um mês, mas ainda líder nas pesquisas de intenção de voto segundo as principais sondagens feitas até aqui.
Na última semana, essas divergências internas no PT vêm se explicitando. A declaração do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), é apenas a mais eloquente delas – o petista disse que a insistência no nome de Lula seria “suicídio”. Hoje, o partido divide-se entre dois grupos: um pró-Lula, liderado pelo PT da Bahia. E outro pró-Ciro Gomes (PDT), encabeçado por Camilo. Nesse cabo de guerra, o PSB virou a noiva da vez: para onde pender o apoio da siga socialista, a tendência é que ali esteja o futuro petista. (Blog do Eliomar/ O Povo).
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