Foto: Agência Brasil
O ex-procurador da República Marcello Miller organizou o material que foi usado para selar a delação da JBS junto à Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, ele escreveu em uma anotação sobre o dia 27 de março de 2017: “reunião Fernanda e preparação do material para reunião com o MPF”. De acordo com Folha, a menção é à advogada Fernanda Tórtima, que assina a colaboração com os irmãos Joesley e Wesley Batista, sócios do grupo J&F, controlador da JBS. No dia seguinte, Joesley entregou a gravação com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e fechou o termo de confidencialidade com Rodrigo Janot. As indicações da agenda de trabalho de Miller constam em mensagens enviadas por ele à advogada Esther Flesch, que foi a responsável por leva-lo ao escritório Trench Rossi Watanabe. Quando ele participou da reunião referente à delação, ele ainda atuava na PGR. O grampo com Aécio, quando ele pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, ocorreu no dia 24 de março – neste dia, Miller afirma ter trabalhado por 12 horas para a JBS. Naquele mês, ele registrou 149,5 horas trabalhando para o grupo. O ex-procurador se pronunciou sobre o caso por meio de sua assessoria. “A defesa de Marcello Miller esclarece que ele não orientou pessoa nenhuma a fazer tais gravações, nem soube que elas seriam feitas”, afirma a nota. “As atividades preparatórias de Miller no período não envolveram qualquer gravação”.
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