Dirigente pede tutela de urgência para reverter anulação de votos da urna 7
POR BRUNO MARINHO, BERNARDO MELLO E FELIPE GRINBERG
Eurico Miranda assiste ao jogo em São Januário - Guito Moreto
Na tarde desta quinta-feira, enquanto o clima em São Januário parecia ser de concordância que a eleição de sexta-feira no Conselho caminharia com tranquilidade, Eurico Miranda tentou uma reviravolta para impedir a vitória de seu opositor Julio Brant. Advogados de Eurico entraram com pedido de tutela de urgência para suspender a anulação dos votos da urna 7, sob suspeita de fraude.
O pedido foi enviado ao vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins. Caso os votos sejam computados, a chapa encabeçada por Eurico torna-se a vencedora no quadro social, o que lhe daria direito a levar 120 conselheiros para a votação desta sexta-feira no Conselho - enquanto o grupo de Brant ficaria com apenas 30 conselheiros.
"Não é preciso muito esforço para se imaginar que, se vierem a ser liminarmente desconsiderados os votos computados na URNA 7 sem que seja permitido aos REQUERENTES acesso à tutela jurisdicional, o que redundará na vitória da chapa dos requeridos, no dia seguinte à posse (amanhã) eles certamente irão substituir senão todos, quase todos os diretores do Clube, que, por sua vez, também substituirão seus subordinados, dando azo à uma série de demissões de funcionários que, inclusive, poderá elevar o passivo do Clube, financeiramente asfixiado", diz um trecho do pedido.
A ação foi protocolada no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e caberá ao Ministro Humberto Martins a decisão. Na terça feira, a Ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, recusou um mandado de segurança do Vasco com a mesma reivindicação.
Trecho do pedido de anulação da urna 7 - Reprodução
Por conta a eleição do clube está marcada para sexta-feira às 20h, um trecho da ação protocolada hoje pede rápida decisão, pois "há risco iminente de dano gravíssimo e irreparável aos requerentes (Vasco e Eurico Mirada)".
"Tal realidade aponta para a clara necessidade de que não se venha a permitir que por conta do vácuo de jurisdição chancele-se as manifestas ilegalidades que padecem sobre as decisões prolatadas pelos desembargadores JOSE CARLOS VARANDA DOS SANTOS e MARCIA FERREIRA ALVARENGA o que, por conseguinte, por via transversa, implicará com que a chapa segunda colocada, venha a ser declarada eleita e empossada. Com efeito, seria irrazoável e gerador de profunda insegurança jurídica a declaração e posse da chapa segunda colocada desse pleito, em uma situação que pode ser revista, tanto em sede de recurso junto à este Superior Tribunal ou mesmo no julgamento do agravo de instrumento e do mandado de segurança pendentes de julgamento do TJRJ", diz a ação.
Em outra ação judicial ingressada hoje, o grupo de Eurico pede para reaver o HD com dados dos sócios do clube. O pedido foi protocolado na 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.
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