por Caio Rinaldi e AndréÍtalo Rocha | Estadão Conteúdo
O calendário para aprovação da reforma da Previdência neste ano é apertado, indicou o presidente da Câmara dos Deputados e um dos principais defensores da proposta, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista ao programa Conexão Estadão, na Rádio Eldorado. "Se não tiver maioria (308 votos) para a reforma em fevereiro, será difícil ter votação depois de março", explicou. Maia avalia que é importante aprovar rapidamente a proposta que revisa as regras previdenciárias. "Quanto mais atrasar a reforma, mais dura ela será no futuro. Nosso objetivo é mostrar isso aos deputados", explicou. Diante desse cenário, o parlamentar pediu a contribuição do governo para angariar os votos necessários à aprovação proposta. "Que o governo nos ajude a construir votos à Previdência. É fácil falar e não ter os votos." Questionado sobre a possibilidade de avançar no Congresso uma reforma tributária, o presidente da Câmara preferiu aguardar os desdobramentos em torno da reforma da Previdência antes de se posicionar. "Vamos esperar primeiro a Previdência para ver se há condição para a reforma tributária." Apesar do quadro fiscal delicado no País, Maia entende que o governo Temer dificilmente conseguirá aumentar a arrecadação de impostos com a aprovação do Congresso Nacional. "É muito difícil que esse governo tenha votos para ampliar a carga tributária no Brasil", afirmou. Em relação à possibilidade de alteração da regra de ouro das contas públicas, que impede que o governo se endivide para cobrir despesas correntes, Maia voltou a frisar que o assunto não será debatido em 2018. Sobre o imbróglio envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, Maia negou que isso possa provocar uma saída do PTB da base aliada do governo Michel Temer. "Vamos manter o PTB unido."
Nenhum comentário:
Postar um comentário