O preço médio do botijão de gás em dezembro de 2017 chegou a R$ 66,53, alta de 16,39%
O preço do botijão de gás teve em 2017 a maior alta desde 2002. Já os preços da gasolina e do diesel, apesar dos frequentes reajustes da Petrobras, subiram mais em 2015. De acordo com os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do botijão de gás em dezembro de 2017 chegou a R$ 66,53, alta de 16,39% com relação ao verificado no mesmo mês de 2016, já descontando a inflação no período.
Aumento maior do que esse, só em 2002 (34%). Naquele ano, assim com em 2017, a Petrobras inaugurou uma política de acompanhamento mais próximo das cotações internacionais dos combustíveis.
A estratégia, porém, foi suspensa em meados do ano, após reclamações do então candidato à presidência, José Serra, quanto ao impacto eleitoral dos frequentes aumentos.
Em novembro, após seis aumentos seguidos, a Petrobras também decidiu rever sua política de reajustes para o combustível, iniciada em junho, alegando que ela repassa ao consumidor impactos sazonais, como o aumento das cotações externas devido ao inverno no Hemisfério Norte.
A nova política ainda não foi divulgada, mas a empresa já admitiu em nota que recompensará parte das altas já estabelecidas. A expectativa é que o produto não sofra alterações este mês - normalmente, os ajustes ocorrem até o dia 5.
A política anterior levava em consideração as cotações do butano e do propano (gases usados para fazer o gás de cozinha) no leste europeu, além de uma margem de lucro para a estatal.
Desde que foi adotada, o preço do produto para envase em botijões de 13 quilos subiu 67,8% nas refinarias. O gás para botijões chegou a ficar congelado por 13 anos, como estratégia dos governos petistas para segurar a inflação.
Os dados da ANP mostram que o preço médio da gasolina no país em dezembro chegou a R$ 4,085 por litro, alta de 6,53% em relação a dezembro de 2017, já descontada a inflação.
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