Foto:Tomaz Silva / Agência Brasil
As condições climáticas desfavoráveis e a desorientação espacial foram as principais causas da queda do avião com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do último ano, na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. A conclusão é de um relatório da investigação promovida pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), divulgado nesta segunda-feira (22). O documento aponta ainda que a visibilidade na região era limitada e descarta a possibilidade de falha na aeronave. Em nota, a FAB ressalta que acidentes aéreos costumam ser motivados por diversos fatores, "que, no caso do PR-SOM, foram as condições climáticas desfavoráveis ao pouso visual e a desorientação espacial, principalmente". PR-SOM é a matrícula da aeronave que caiu em Paraty no início de 2017. Além de Teori, então responsável pelas investigações da Operação Lava Jato no STF, outras quatro pessoas morreram. “Não importa a experiência do piloto, qualquer um está suscetível à desorientação”, disse o Coronel Marcelo Moreno, investigador responsável pela investigação do Cenipa, durante a apresentação dos resultados da apuração. A desorientação pode ser causada por fatores como terreno homogêneo, com carência de referências visuais, e excesso de atuação da força gravitacional (força G) sobre o piloto. A investigação indica que a visibilidade, no dia do acidente, era de apenas 1,5km, enquanto o mínimo exigido para pouso naquele local é de 5km. Um levantamento da FAB aponta ainda que nos 13 acidentes aéreos que aconteceram na região nos últimos dez anos, seis estão relacionados à meteorologia. “Não houve indicações de falhas na aeronave”, reforçou o Coronel Moreno. A investigação conduzida pela Polícia Federal já descartou a possibilidade de sabotagem (veja mais).
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