Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Um estudo da organização não governamental (ONG) britânica Oxfam, divulgado nesta segunda-feira (22), aponta que 82% da riqueza gerada no mundo em 2017 ficou concentrada nas mãos da 1% da população, enquanto 50% (o equivalente a 3,7 bilhões de pessoas) ficou sem nada. A entidade participa do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta terça-feira (23) em Davos, na Suíça. Segundo informações da Agência Brasil, os dados constam no relatório Recompensem o trabalho, não a riqueza, que aponta também que houve um aumento histórico no número de bilionários no ano passado, passando de um a mais a cada dois dias, alcançando o número de 2.043 em todo o mundo. De acordo com a Oxfam, o aumento é suficiente para acabar sete vezes com a pobreza extrema no planeta. A concentração de renda também sinaliza uma desigualdade de gênero, já que a cada dez bilionários, nove são homens. No Brasil, foram 12 novos bilionários a mais no período, chegando a 43. Cinco deles concentram o equivalente à metade da população mais pobre do país. “O Brasil chegou a ter 75 bilionários, depois caiu, muito por causa da inflação, e depois, nos últimos três anos, a gente viu uma retomada no aumento do número de bilionários. Esse último aumento – de 12 bilionários – é o segundo maior que já houve na história. E o patrimônio geral também está aumentando”, afirma o coordenador de campanhas da entidade, Rafael Georges. O patrimônio dos bilionários brasileiros totaliza R$ 549 bilhões no ano passado, o que representa o crescimento de 13% em relação a 2016. No lado dos 50% mais pobres, a renda foi reduzida de 2,7% para 2%.
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