Os dados da Síntese de Indicadores Sociais 2017, divulgados nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma desigualdade gritante no país em vários níveis, entre regiões, de gênero, de raça ou cor.
A pesquisa do IBGE indica que o maior índice de pobreza se dá na Região Nordeste do país, onde 43,5% da população se enquadram nessa situação e, a menor, no Sul: 12,3%.
Em nível internacional, o Banco Mundial considera como situação de pobreza extrema a linha de US$ 5,5 por dia para consumo individual. Ou seja, em lares cujo rendimento médio de cada morador não passa de R$ 387 por mês ou US$ 5,5 ao dia. Na pobreza extrema - rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 133,72 ou US$ 1,9 diários - vivem 13,4 milhões de pessoas ou 6,5% da população brasileira.
A população em situação de pobreza também está em desvantagem no acesso a bens que têm papel essencial para bem-estar, como a máquina de lavar roupa. Em 2016, entre os 10% da população com os menores rendimentos, 78,5% eram pretos ou pardos.
Já entre os 10% mais ricos, os pretos ou mulatos representavam apenas 24,8%. Apenas 40% das pessoas em situação de pobreza têm acesso simultâneo a coleta de lixo, tratamento de esgoto e abastecimento de água, enquanto que para o total da população esse grupo chega a 62%. A Região Metropolitana de São Paulo foi a que apresentou a maior proporção de pessoas (95,2%) com acesso aos três serviços, enquanto a menor foi observada na Grande Teresina (7,4%).
O instituto também identicou que um quarto desse grupo vivia em lar com ao menos uma deficiência nas condições de moradia, como ausência de banheiro para uso exclusivo, paredes externas construídas com materiais não duráveis, adensamento de mais de três moradores por dormitório ou valor declarado do aluguel igual ou superior a 30% da renda da família. http://tomarnoticias.com
Segundo o IBGE, "a evolução de indicadores monetários pode diferir de indicadores não monetários de tal forma que o crescimento econômico não seja suficiente para garantir progresso".
O pesquisador do IBGE Leonardo Athias explicou que no país não existe uma medida oficial, uma vez que diversos aspectos motivam a criação das linhas de pobreza, citando, por exemplo, o acompanhamento de políticas públicas implementadas pelo governo.
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