Foto: Drakeillafreitas.com.br
Um medicamento que já compõe o coquetel de tratamento da AIDS em adultos, o Efavirenz, será administrado para crianças que vivem com o vírus HIV no Brasil, por meio de nanotecnologia (em pequenas partículas). Segundo informações da Agência Brasil, com essa tecnologia, o princípio ativo da substância é melhor aproveitado. A fórmula líquida, além de não ser recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), têm sabor desagradável, prazo de validade curto e custo de transporte alto. O produto em desenvolvimento no Instituto de Tecnologia em Fármacos, o Farmanguinhos, da Fiocruz, principal instituição pública responsável pela produção de antirretrovirais no Brasil. O novo comprimido se dissolve na boca e na água, para facilitar a aceitação pelo público infantil – 21 mil crianças no Brasil são soropositivas (portadoras do vírus HIV). “A ideia do nosso produto é gerar para esses pacientes pediátricos uma formulação mais adequada à idade deles. A gente precisa dar uma apresentação boa porque é um tratamento de longo prazo. Aí, se o sabor for ruim, as crianças começam a rejeitar a medicação. Tem essa tentativa de melhorar o sabor e, ao mesmo tempo, adequar o produto nacional a recomendações do MS e da OMS”, explicou o pesquisador Helvécio Rocha, da Farmanguinhos. Ele acrescenta que é a primeira vez no mundo em que se faz uso dessa tecnologia para o tratamento pediátrico do HIV. A previsão é de que os testes clínicos sejam realizados até o final do próximo ano e que a tecnologia fique disponível no mercado em 2020.
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