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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Justiça suspende novamente votos da urna 7 do Vasco e resultado beneficia oposição do Vasco

ESPN.com.br
Eurico Miranda, Eurico Brandão e Júlio Brant no dia da votação, em 7 de novembro
Os votos da polêmica urna 7 foram suspensos pela desembargadora Marcia Alvarenga, da 12ª Câmara Cível, nesta segunda-feira, o que significa alteração no resultado final da eleição presidencial do Vasco da Gama. O atual mandatário, Eurico Miranda, que havia ganho, passa para a segunda colocação. Antes derrotado, o candidato Julio Brant passa a ser o vencedor. Mas, como a decisão cabe recurso, o pleito não pode ser considerado finalizado. A notícia foi dada inicialmente pelo GloboEsporte e confirmada pela reportagem do ESPN.com.br.

A desembargadora havia concedido no último dia 23 um efeito suspensivo para o Vasco referente a decisão de anular os votos da urna 7. A alegação foi que os 691 nomes aptos a votarem naquela urna (na prática, 475 votaram) precisavam passar por perícia antes de qualquer conclusão. 

Encerrada a perícia, a desembargadora decidiu por suspender os votos da urna 7 sob a a justificativa de que há "sérios indícios de que a maioria dos votantes não estaria apta a votar, por não estar em dia com o pagamento de suas mensalidades".

No documento oficial, Alvarenga cita que em momento algum o Vasco apresentou comprovantes que justificassem a liberação para os sócios cadastrados na urna 7 votarem. Todos teriam se tornado sócios entre novembro e dezembro de 2015, prazo limite segundo o estatuto do clube.

O fato de o fluxo ter sido maior naquele período do que nos anteriores e de Eurico Miranda ter recebido cerca de 90% dos votos (diferença que não foi vista nas outras urnas) chamou a atenção da oposição. Suspeitando de uma possível fraude, acionaram a Justiça.

"De fato, apesar da atual administração ser a maior interessada na produção da prova referente à regularidade social dos 475 sócios votantes na urna 7, sequer apresentou qualquer comprovante de pagamento individual dos sócios gerais, para aquisição dos títulos patrimoniais, a fim de demonstrar que os mesmos estavam regularmente inscritos no quadro social do Clube, o que não seria difícil obter junto à empresa gerenciadora de seu banco de dados e cobrança. Muito pelo contrário, limitou-se a apresentar, tão somente, balancetes globais e algumas fichas de inscrição, não suficientes para espancar as dúvidas quanto à existência de eventual fraude a macular a eleição sub judice", escreveu a desembargadora, justificando a suspensão dos votos.

Com a suspensão dos votos da urna 7, o resultado da eleição passa a ser vitória da chapa de Julio Brant. 

Caso o resultado seja mantido, o grupo dele poderá nomear 120 conselheiros, que se juntarão aos 30 indicados pela chapa de Eurico. Os novos conselheiros se juntarão aos 150 natos (vitalícios) para decidir o presidência. A eleição ainda não tem data, mas deve ocorrer no mês de janeiro.

Um dos motivos para a eleição não ter data, é que a decisão desta segunda-feira cabe recurso para o colegiado da 12ª Câmara Cível, mas somente a partir de 7 de janeiro.

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