por André Ítalo Rocha | Estadão Conteúdo
Em encontro com artistas e intelectuais no Rio de Janeiro, como parte da sua caravana pelo Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom conciliador em seu discurso, ao defender uma postura pragmática e um diálogo com a oposição em um possível retorno ao governo. O petista lembrou que, para governar, é preciso ter o apoio de pelo menos 42 votos no Senado e 257 na Câmara, números que correspondem à maioria simples nas duas casas, e disse que é improvável ter uma base desse tamanho só com partidos de esquerda. "Não se consegue somar esses números com quem perdeu a eleição, porque suplente não vota, só vota quem ganhou. Percebe a dificuldade? E se quem ganhou não é nosso a gente tem que conversar. Aí você pode fazer acordos pontuais, pode fazer acordo programático, é possível fazer. Só é preciso saber se o outro lado quer", disse Lula. "Na política a gente cede quando é necessário e avança quando é possível", afirmou também. Além disso, Lula declarou que não será o candidato do mercado financeiro em 2018, mas que fará o mercado se adaptar à produção e ao crescimento econômico baseado no investimento produtivo. Disse ainda que, na campanha, vai falar menos em distribuição de renda e mais em distribuição de riqueza. "A renda está no salário, mas a riqueza está na terra, na casa, na educação", disse o ex-presidente. Com isso, o petista afirmou que espera encontrar o "ponto G" da metade do brasileiro durante a campanha. "Vamos fazer uma coisa diferente, mais moderna, mais tchan", disse. Lula também declarou que acredita que a solução para a economia do Brasil está no estímulo ao mercado interno e à produção nacional.
Segundo ele, crescer por meio do mercado interno "é mais fácil" do que aumentar as exportações. "Se o povo tiver um pouquinho de dinheiro, o que você produzir vai vender", disse, acrescentando que também é possível "criar alguma dificuldade na entrada de determinados produtos".
Segundo ele, crescer por meio do mercado interno "é mais fácil" do que aumentar as exportações. "Se o povo tiver um pouquinho de dinheiro, o que você produzir vai vender", disse, acrescentando que também é possível "criar alguma dificuldade na entrada de determinados produtos".
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