Justiça nega mandado de segurança do Vasco para impedir perícia em urna nos termos atuais
Foto: Paulo Fernandes/vasco.com.br / Bruno Marinho*
A desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, indeferiu nesta quarta-feira o mandado de segurança da diretoria do Vasco, que solicitava a não realização de perícia na urna 7 da eleição do clube nos termos em vigor. Com isso, segue o prazo de término do trabalho do perito até a próxima segunda-feira, quando o laudo resultante deverá ser repassado para que a Justiça tome uma decisão a respeito da validade dos votos.
No mandado, o clube alegou que houve transgressão das normas processuais aplicáveis, deferimento de modalidade probatória não prevista no Código de Processo Civil, tolhimento do direito do Vasco de participar da produção da prova técnica, entre outras ilegalidades. Solicitou também que a perícia técnica não fosse simplificada, e sim completa, "com análise ampla e detalhada da questão, sem atropelos".
Entretanto, a desembargadora que julgou o mandado de segurança afirmou na sentença que "não há perigo de dano irreparável ao clube, pois eventual prejuízo causado ao impetrante poderá ser devidamente sanado em momento oportuno, pela via adequada. Em outras palavras, a efetivação do ato impugnado não tem o condão de causar prejuízo definitivo e irremediável ao impetrante".
Essa foi a segunda investida do clube para evitar a realização de perícias que podem elucidar se houve ou não sócios em condição irregular votando na eleição do dia 7 de novembro. Duas semanas atrás, o Vasco conseguiu reaver o banco de dados que havia sido apreendido pela Justiça. A oposição acreditava que a perícia do disco rígido comprovaria a irregularidade no procedimento de associação. Entretanto, a derrota judicial fez com que o objeto voltasse ao Cruz-maltino sem que suas informações fossem analisadas.
Os votos da urna 7 decidirão o próximo presidente do Vasco. Se forem validados, a chapa de Eurico Miranda terá a maioria dos votos na eleição do dia 7 de novembro. Se não forem validados, a oposição encabeçada por Julio Brant será a vencedora.
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