por Francis Juliano
Um acordo entre a prefeitura de Jequié, no sudoeste, e vereadores, em 2013, na gestão Tânia Britto, permitiu que escolas e unidades de saúde “contratassem” servidores fantasmas. O esquema foi revelado nesta terça-feira (5) na Operação Melinoe (ver aqui e aqui), deflagrada pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU). De acordo com o superintendente da CGU na Bahia, Ronaldo Machado, as distorções foram flagradas em escolas do município. Em uma delas, 12 pessoas estavam contratadas para uma mesma função [serviços gerais], mas, na verdade, apenas uma trabalhava. “A prefeitura loteou as unidades escolares e de saúde para os veredadores. Uma forma de conseguir apoio politico. Só que esses pontos eram loteados por indicações de pessoas que não necessariamente trabalhavam”, disse Machado. Ainda segundo o superintendente da CGU no estado, diretores de escolas denunciavam o caso, mas as ações eram neutralizadas por vereadores que queriam que o esquema perdurasse. “Quando um diretor de escola ou de posto de saúde colocava a situação, recebia pedidos da vereadora para deixar os funcionários lotados”, completou. Machado também afirmou que folhas de pagamento eram extraviadas para não depor contra os funcionários irregulares.
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