Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Após três meses no cargo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou cinco pedidos de abertura de inquérito para investigar supostos vazamentos de delação premiada ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), uma média de dois por mês. Segundo informações do jornal O Globo, os vazamentos investigados dizem respeito tanto a propostas de delação ainda em fase de discussão, quanto a colaborações já assinadas ou homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas que ainda estão sob sigilo. Pessoas próximas a Dogde afirmam que ela pretende devolver os termos de delações que tenham sido vazados aos advogados que representam as causas. O grupo formado por ela para tratar das ações da Lava-Jato que envolvem autoridades com foro privilegiado tem agindo com discrição. Por recomendação de Dodge, os procuradores tornaram mais rígidas as possibilidades de contato e negociações com advogados de delatores, que valem tanto para os que já conseguiram um acordo quanto os que aguardam para conseguir o benefício. O grupo também atua reunindo elementos referentes às delações assinadas por Janot, a exemplo das colaborações dos executivos do grupo J&F, que teve rescisão pedida ainda na gestão do seu antecessor Rodrigo Janot.
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