A ligação anônima que desencadeou a operação Tesouro Perdido, que resultou na apreensão dos R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira, não detalhou o número do apartamento no qual o dinheiro estava guardado. Segundo relatório da Polícia Federal ao qual o programa Fantástico, da TV Globo teve acesso, a testemunha relatou que "o político Geddel Vieira Lima vem colocando caixas em um apartamento, no segundo andar de um edifício na rua Barão de Loreto, no Bairro da Graça, desta capital, Salvador. Não sabe informar o número do apartamento. Só que fica do lado direito do prédio”. A PF informou que a informação foi passada rapidamente para a equipe de análise da corporação. “E essa equipe buscou em fontes abertas, usando técnicas policiais de entrevista, para verificar se a informação procedia", explicou o delegado da PF Fábio Muniz, responsável pela investigação. Após a apuração, a PF conseguiu a autorização judicial para entrar no imóvel, o que foi feito no dia 5 de setembro. A expectativa da polícia era de encontrar documentos guardados e não uma quantia na ordem de $ 51 milhões, que estavam em um apartamento vazio sem nenhuma segurança. A equipe foi composta por quatro policiais: um delegado, um escrivão e dois agentes. A permissão para entrar foi concedida pela administração do prédio e o grupo chamou um chaveiro para abrir o apartamento. Lá dentro, a sala estava vazia e as portas dos quartos trancadas. Ao olhar por cada fechadura, viram através de uma delas um lençol branco cobrindo alguma coisa grande. "Então vamos abrir logo essa porta. Abrindo a porta, [os agentes] verificaram malas e caixas cobertas com lençóis. [...] 'Achamos os documentos que viemos buscar'. Foi o que se pensou num primeiro momento", contou o delegado.
O chaveiro e duas funcionárias do prédio foram chamadas como testemunhas, os policiais levaram as caixas e malas para a sala e começaram a abri-las. "Ao abrir a primeira mala, verificou-se que estava cheia de dinheiro", disse o delegado. Foram encontrados um saco plástico, nove malas e sete caixas de papelão, todas contendo dinheiro em espécie. Apesar do que foi encontrado, a PF considerava que era preciso mais informações para ligar o dinheiro encontrado a Geddel, que foi chamado para depor. Antes de começar a contagem do dinheiro, um policial teve a ideia de procurar impressões digitais. Todos os objetos que estavam no imóvel foram analisados, até que uma impressão digital do dedo mínimo do peemedebista foi localizada em um plástico que envolvia um maço de R$ 100 mil e uma do dedo médio esquerdo em outro maço. De acordo com o laudo, a impressão digital foi confirmada após um cruzamento das digitais do passaporte do ex-ministro que estava em um banco de dados. Também foi encontrada a digital de Gustavo Ferraz, ex-assessor de Geddel e, à época, diretor-geral da Defesa Civil de Salvador. A segunda fase da análise abarcou as impressões digitais que não estavam inteiras nas notas e embalagens. "Pegamos esses fragmentos que ainda tinham condição e pedimos as fichas de identificação dos outros suspeitos e comparamos manualmente. Foi aí que veio mais um dedo do Geddel e o do Job [Ribeiro, ex-assessor do peemedebista]", explicou Fábio Muniz.
O chaveiro e duas funcionárias do prédio foram chamadas como testemunhas, os policiais levaram as caixas e malas para a sala e começaram a abri-las. "Ao abrir a primeira mala, verificou-se que estava cheia de dinheiro", disse o delegado. Foram encontrados um saco plástico, nove malas e sete caixas de papelão, todas contendo dinheiro em espécie. Apesar do que foi encontrado, a PF considerava que era preciso mais informações para ligar o dinheiro encontrado a Geddel, que foi chamado para depor. Antes de começar a contagem do dinheiro, um policial teve a ideia de procurar impressões digitais. Todos os objetos que estavam no imóvel foram analisados, até que uma impressão digital do dedo mínimo do peemedebista foi localizada em um plástico que envolvia um maço de R$ 100 mil e uma do dedo médio esquerdo em outro maço. De acordo com o laudo, a impressão digital foi confirmada após um cruzamento das digitais do passaporte do ex-ministro que estava em um banco de dados. Também foi encontrada a digital de Gustavo Ferraz, ex-assessor de Geddel e, à época, diretor-geral da Defesa Civil de Salvador. A segunda fase da análise abarcou as impressões digitais que não estavam inteiras nas notas e embalagens. "Pegamos esses fragmentos que ainda tinham condição e pedimos as fichas de identificação dos outros suspeitos e comparamos manualmente. Foi aí que veio mais um dedo do Geddel e o do Job [Ribeiro, ex-assessor do peemedebista]", explicou Fábio Muniz.
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