O consumo final de bens e serviços de saúde no Brasil cresceu em 2015, um dos piores anos da crise econômica, e atingiu R$ 546 bilhões, o equivalente a 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país naquele ano). Desse total, R$ 231 bilhões (3,9% do PIB) corresponderam a despesas de consumo do governo e R$ 315 bilhões (5,2% do PIB), a despesas de famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias. Os dados fazem parte da Conta-Satélite de Saúde Brasil 2010-2015, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (20), com informações sobre produção, consumo final e comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde, bem como informações sobre trabalho e renda nas atividades que geram esses produtos. Embora os gastos das famílias com saúde tenham sido superiores ao do governo, pouco menos de 50 milhões de pessoas têm plano de saúde no país – o equivalente a um quarto da população. A situação vem se repetindo nos últimos anos, segundo um dos responsáveis pela pesquisa, Ricardo de Morais. “Quando a gente junta os gastos com medicamentos com os relativos aos serviços, as famílias continuam gastando mais do que o governo. Se levássemos em conta somente os gastos com serviços de saúde, os do governo seriam maiores, mas como as famílias têm gastos bastantes razoáveis com a compra de medicamentos, os gastos das famílias são maiores do que os do governo”, afirma o pesquisador. *Agência Brasil
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