Depois do programa exibido nesta quinta-feira (17), a sociedade brasileira continua sem saber onde foi que o PSDB errou. Há alguns dias, o partido exibiu nos horários comerciais da TV “teasers” (pequenas peças usadas para criar um suspense prévio sobre o que se irá anunciar) nos quais atores diziam que os tucanos tinham errado e precisam fazer uma autocrítica.
Depois do programa, o único grande erro que ficou perceptível foi a decisão do presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, de orientar o conteúdo do programa na linha em que orientou sem combinar com o restante do partido.
Segue, assim, o PSDB sem saber se casa ou se compra uma bicicleta. Tasso orientou a realização de um programa extremamente agressivo, onde não aparece nenhum político, só atores, no qual parece dizer que o tal erro do PSDB foi não ter insistido na adoção do parlamentarismo, sistema de governo que é defendido em seu estatuto de fundação. E que, ao deixar de lado a defesa do parlamentarismo, o PSDB optou por dar apoio a um falso presidencialismo de coalização que, na verdade, seria um “presidencialismo de cooptação”, onde se pratica, conforme chega a ser dito com essas letras no programa, o “toma-lá-dá-cá” na relação entre o governo e os políticos. por Robson Pires
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