A equipe das ambulâncias de emergências médicas do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) têm encontrado dificuldades para localizar parentes de vítimas de acidentes nas ruas de Itabuna. Algumas delas têm um celular consigo, mas os profissionais socorristas não sabem qual número ligar para contatar a família. Por isso a unidade sugere que os usuários de celular acrescentem, na sua lista de contatos, o número da pessoa a ser chamada em caso de emergência, identificada pelas letras “AA Emergência”.
O coordenador do Samu em Itabuna, Fábio Santana, explicou que as letras “AA” sempre aparecerão em primeiro lugar na lista de contatos, o que facilitará o contato imediato coma família, ou algum outro parente, num caso de uma emergência, principalmente entre jovens que usam motos. O sistema já vem sendo usado em outras regiões do país.
Atualmente a unidade do serviço em Itabuna recebe uma média de 30 a 40 chamados por dia e até 400 ligações por mês, mas, ainda segundo Fábio, muitas das chamadas são para algum tipo de informação, sem a necessidade de atendimento de emergência. Sobre trotes, ele disse que continuam existindo, mas hoje em menor escala. “As ligações de trotes tem caindo consideravelmente, desde o final do ano passado, quando implantamos o sistema de monitoramento telefônico na unidade”.
Mas nem sempre foi assim, disse, ao informar que das cerca das 12 mil ligações que o Samu recebe anualmente, pelo menos oito mil eram trotes. O número caiu em cerca de 80% e a pretensão é reduzir ainda mais, a partir de um trabalho educativo que voltará a ser intensificado neste segundo semestre do ano letivo.
Trata-se do “Samu nas Escolas”, um projeto de conscientização que tem dado bons resultados junto aos alunos, que na visão de Fábio, são considerados os principais agentes multiplicadores de informação. O projeto será iniciado pelas escolas da rede pública de ensino e se estenderá a todas unidades de ensino particulares de Itabuna.
“É importante também que os pais orientem seus filhos sobre o perigo de passar trotes e fiquem atentos ao próprio celular, já que muitas crianças usam o aparelho dos pais para fazer a ligação, felizmente, um problema que tem diminuído muito em nossa cidade”, reforça o coordenador do Serviço de Urgência de Itabuna.
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