Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Em evento no final da tarde deste domingo (20) em Estância, em Sergipe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que “talvez” a gestão petista tenha cometido erros. "Sei que não fizemos tudo, talvez tenhamos cometido erros. Se a companheira Dilma estivesse aqui, com certeza iria reconhecer que teve erros", afirmou, dividindo a responsabilidade com sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele já havia, dois dias antes, criticado a resistência, por parte de Dilma, em convidar o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para seu governo. Lula também citou em seu discurso os processos que enfrenta e disse que a elite do país não o perdoava por ter levado filé à mesa do pobre. "Eles não nos perdoam. Eles não me perdoam porque os pobres começaram a viajar a São Paulo de avião", declarou, para completar: "Eu resolvi andar porque vocês sabem o que estão tentando fazer comigo. Tenham certeza que o problema não é o Lula. O problema são vocês". Na sequência, ele listou as ações realizadas durante seu mandato. Ele também defendeu que a administração atual pretende fazer privatizações. “Essa gente quer vender tudo, o Banco do Brasil, a Caixa, a Petrobras, a BR”. Lula chorou no palco ao lamentar a morte do ex-governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda; do ex-senador José Eduardo Dutra, também seu correligionário, e de sua mulher, Marisa Letícia. O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), foi vaiado ao ser anunciado no palanque. Ele também chorou após Lula agradecer sua fidelidade a Dilma. "Quero te dizer foi um dos poucos de governadores deste país que mostrou ter caráter e não teve medo de apoiar a companheira Dilma. Eu sou agradecido. Na noite em que Dilma estava sendo torturada, nós estávamos no Alvorada e apareceram os cinco governadores do PT e o companheiro Jackson, porque os outros não tiveram coragem de ir". BN
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