Lucas Borges Teixeira*Colaboração para o UOL*Arte/UOL
Detentos fizeram montagem com foto tirada dentro de presídio
Os serviços de inteligência da Polícia Civil e do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) apreenderam celulares dentro da cadeia nesta semana. Os detentos foram identificados depois de postarem fotos nas redes sociais.
Na última quinta-feira (17), a Polícia Civil e o Iapen deflagraram uma operação de apreensão de celulares dentro do instituto penitenciário, em Macapá. Três aparelhos foram resgatados com diversas fotos dos detentos no presídio.
Além das imagens, os aparelhos também tinham fotos editadas que simulavam os detentos em liberdade. Os setores de inteligência dos órgãos conseguiram identificar os detentos no pavilhão F3, de regime fechado, depois que um deles postou fotos no Facebook como se o grupo estivesse em uma festa.
"Redes sociais são um dos pontos que a gente consegue monitorar", afirma Lucivaldo Costa, diretor do Iapen, em entrevista ao UOL. "O Facebook, por exemplo, é livre, todo mundo pode observar."
De acordo com o diretor, uma das principais dificuldades é que, por motivos evidentes, os detentos não usam os próprios nomes. "Sempre são fakes, mas nós temos nossa maneira de encontrar", afirma Costa.
Na última operação, deflagrada na quinta-feira, os detentos não só postavam fotos no Facebook como as editavam para simular que estavam livres. As imagens mostram os presos em diferentes casas noturnas.
Costa explica que operações para apreender celulares são comuns em presídios do Estado. "A rede social é apenas uma das formas de detectar", afirma o diretor. "Junto à Polícia Civil e ao Ministério Público, nós conseguimos encontrar os sinais de onde estão os aparelhos."
Segundo o diretor, os aparelhos são usados em sua maioria para cometer delitos e controlar organizações criminosas de dentro dos presídios. "Por isso consideramos tão importante o monitoramento", afirma Costa. "Quando pegamos, ajudamos a prevenir."
Além dos aparelhos celulares, também foram encontradas facas e armas brancas artesanais, produzidas no presídio. Tudo foi enviado à perícia.
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