Foto: Agência Brasil
A quantidade de pessoas com alguma ocupação chegou neste ano ao seu patamar mais baixo em mais de duas décadas. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o percentual médio da força de trabalho que disse estar ocupada, considerando empregos com carteira assinada, informais, por conta própria – até como empregadores – diminuiu para 86% entre janeiro e abril deste ano. A força de trabalho inclui também os desempregados que buscaram trabalho recentemente. Os economistas Bruno Ottoni e Tiago Barreira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reconstituíram série histórica até 1992 e verificaram que o percentual mais baixo ocorreu em março de 2002 (89%), durante a crise gerada pela vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. Um ano antes também ocorreu racionamento de energia, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o que enfraqueceu a atividade econômica. De acordo com Ottoni, diferentemente do passado, a queda da população ocupada vem acontecendo de maneira contínua desde o início de 2015. O índice diminuiu em 2,3 milhões desde o início da recessão, em 2014. O economista aponta que o resultado é um efeito adverso de algo positivo: a maior contratação formal de trabalhadores. Com regime de trabalho mais formal e mais inflexível, o único ajuste possível é a demissão maciça, em caso de crise. Ele também cita o aumento do salário mínimo. "O custo do trabalho formal passou a ser muito alto". BN
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