Lúcio Funaro, que foi uma espécie de banco do PMDB, promete contar o que sabe sobre o presidente, Moreira Franco, Joesley Batista e outros
O operador Lúcio Funaro em seu escritório (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Há 11 meses encarcerado no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Lúcio Bolonha Funaro aguarda ansiosamente as sextas-feiras. É o dia em que recebe a visita da mulher, acompanhada da filha de 1 ano e meio, e é abastecido com itens essenciais como roupa de cama, toalha, sabão em pó para lavar roupa, 1 litro de água sanitária para limpar a cela, frutas, biscoitos e pacotes de um de seus doces favoritos, pé de moleque. Amigo e operador do ex-deputado Eduardo Cunha, do PMDB, desde o início dos anos 2000, Funaro é réu, acusado de participar de um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal. Também é investigado em diversos inquéritos. Trocou várias vezes de advogado, mas todos os seus pedidos de liberdade foram negados até agora. Já se habituara à vida espartana no cárcere, dedicada a estudar seus processos – bem diferente da rotina em uma luxuosa casa com muros altos e guarita de segurança no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Queixo-duro, Funaro dizia que aguentaria dois anos em cana. Mudou de ideia.
Sua convicção foi abalada desde que sua irmã, Roberta, foi presa pela Polícia Federal na Operação Patmos, no dia 18, por receber dinheiro da JBS em seu nome, e cumpre pena em prisão domiciliar. Funaro agora se oferece à Procuradoria-Geral da República para virar delator. LEIA MAIS
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