A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Oruza, que tem como alvo um grupo suspeito de realizar fraudes de benefícios previdenciários de pensão por morte e aposentadorias em Goiás e no Distrito Federal. O esquema teria gerado um prejuízo de R$ 5 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). São cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão nas cidades goianas de Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propício, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul, Formoso, e em Brasília (DF). As investigações começaram há dois anos, após concessões irregulares de benefícios rurais de pensão por morte serem identificadas. De acordo com a PF, os valores foram recebidos de forma retroativa após a apresentação de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos rurais. Estão entre os investigados oito sindicatos, cinco advogados, três servidores do INSS, agenciadores, proprietários rurais e seus beneficiários, e representantes legais. De acordo com as investigações, uma advogada tentou impedir que uma das beneficiárias do esquema não denunciasse a fraude após ter descoberto que recebia um valor abaixo do que deveria ser pago. Em dois dos casos apurados, a suposta mãe de beneficiários menores de idade apresentou certidões de nascimento em que as crianças teriam sido geradas quando ela tinha entre 8 e 10 anos de idade, e o suposto segurado tinha morrido há 4 anos. Os investigados deverão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, fraude processual e organização criminosa. BN
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